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INOVAÇÃO NA ENGENHARIA

  • Publicado: Terça, 14 de Março de 2023, 20h00
  • Última atualização em Terça, 14 de Março de 2023, 20h00
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A ENGENHARIA DO EXÉRCITO BRASILEIRO É INOVAÇÃO

 

         Desde 2021, a Diretoria de Material de Engenharia (DME) conduz atividades que visam a estudar e viabilizar o emprego da manufatura aditiva na cadeia de suprimento do Material Cl VI, tudo objetivando inovar o processo de gestão da logística do material de engenharia.

          Agora em 2023, já percebem-se os resultados consistentes e profícuos dos esforços envidados na busca da inovação para melhorar o desempenho do Sistema de Engenharia do Exército (SEEx), quando em apoio à Força Terrestre e à sociedade brasileira.

           Por meio de parceria entre a DME e o SENAI CIMATEC, a citada instituição de ensino realizou a engenharia reversa, a modelagem e a impressão em 3D de uma peça em polímero do engate hidráulico de um trator agrícola utilizado na obra da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), na cidade de Correntina/BA, que foi aplicada no nominado equipamento em 24 OUT 22, perfazendo, até a data de hoje, 120 (cento e vinte) dias sem apresentar qualquer defeito, demonstrando, já de imediato, a eficácia da manufatura aditiva na cadeia de suprimento do Material Cl VI.

          Por seu turno, o Centro de Instrução de Engenharia (CI Eng), modelou e imprimiu em 3D o invólucro de carga dirigida dentro do contexto de Explosive Ordenance Device (EOD). O teste realizado com o protótipo funcional mostrou a eficiência do emprego da manufatura aditiva, superando a expectativa da equipe responsável pelo feito.  

           Ainda dentro do contexto da manufatura aditiva, militares da Operação Bagé, por intermédio de parceria estratégica firmada com professores do laboratório de Engenharia Mecânica da UNIPAMPA do Campus de Bagé-RS, mais precisamente do núcleo de desenho técnico da UNIPAMPA, na pessoa do Prof. Dr. Cristiano Corrêa Ferreira, conseguiram desenvolver a palheta do rotor da perfuratriz, peça responsável pelo trabalho de rotação do motor de palheta, que garante a perfuração e o desmonte de rochas encontradas no Canal de Descarga da Barragem Arvorezinha.

         A peça, modelada e confeccionada em polímero por meio da manufatura aditiva (impressão 3D), já está em pleno funcionamento. Sua fabricação, além de contribuir para manter o cronograma de execução dos serviços de perfuração, também significou uma diminuição de custos.

            A parceria estratégica com o núcleo de desenho técnico da UNIPAMPA representou um estreitamento e fortalecimento dos enlaces das Operações de Engenharia com o mundo acadêmico.

          A iniciativa de estudo e de treinamento em manufatura aditiva realizada pela DME é um grande passo na direção de preparar militares para estarem aptos a empregarem novas e modernas tecnologias que estarão cada vez mais presentes no teatro de operações.

         Assim, as atividades até agora coordenadas pela DME na área da manufatura aditiva visam aos seguintes objetivos:

  1. Estimular a discussão acerca do emprego da manufatura aditiva como ferramenta para inovar e dinamizar a cadeia de suprimento de SMEM/MEM Cl VI e viabilizar uma solução alternativa em caso de interrupção do fornecimento de material por falta de estoque, obsolescência, falência de fornecedores, entre outros, proporcionando maior velocidade na reposição de peças para tropas em operações (militares e/ou de cooperação ao desenvolvimento nacional), sobretudo aquelas que se encontram mais isoladas na área de operações;
  2. Verificar as potencialidades e as capacidades da academia e da indústria nacional no contexto da manufatura aditiva para inovar e dinamizar a cadeia de suprimento de SMEM/MEM Cl VI e para viabilizar uma solução alternativa em caso de interrupção do fornecimento de material às tropas do SEEx em operações (militares e/ou de cooperação ao desenvolvimento nacional);
  3. Dotar o SEEx de tecnologia capaz de aperfeiçoar os processos da sua cadeia de suprimento, com vistas à otimização de prazos de indisponibilidade dos SMEM/MEM Cl VI (inovar a gestão);
  4. Contribuir para o aperfeiçoamento, a modernização e a transformação do SEEx;
  5. Contribuir para que o SEEx e a Força Terrestre se mantenham em permanente processo de transformação, buscando, desde logo, evoluir da Era Industrial para a Era do Conhecimento; e
  6. Obter a maturidade no domínio dos processos relacionados à manufatura aditiva (Impressão 3D) a ponto de permitir, em um futuro próximo, ao SEEx atender às demandas, com oportunidade, relacionadas à confecção de peças de SMEM/MEM Cl VI, em polímeros e/ou em metais.

         Ressalta-se que a cadeia logística de suprimento não será, em momento algum, substituída, mas sim potencializada. A viabilização da impressão 3D na cadeia de suprimento do Material Cl VI não pretende anular a logística, mas apenas garantir mais dinamismo na entrega do produto, quando a logística convencional apresentar limitações para atender, com oportunidade, necessidades específicas.

            Por fim, e após dois anos das atividades implementadas pela DME na área da manufatura aditiva, já é possível acreditar na viabilidade dessa tecnologia inovadora na cadeia de suprimento do Material Cl VI, na importância da semidependência da logística militar, que é outro grande propósito do uso da impressão 3D na contribuição para a prontidão das tropas, e, principalmente, na importância do fortalecimento do enlace entre o SEEx, a academia e a indústria para a continuação do emprego da impressão 3D na melhoria do processo de gestão da logística do material de engenharia e para a exploração de novas ideias na Era do Conhecimento, visando à geração de valor para a Engenharia do Exército Brasileiro.

 

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AO BRAÇO, FIRME!

AVANTE REMAR!

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